Saturday, July 26, 2008

 

O bater de asas de uma borboleta no Panamá

O vento, uma brisa ligeira, puxa a corda enrolada à volta do corpo ágil.
Gira sobre si próprio o corpo.
Sussurra em flautas mágicas e fixa nele os canais da atenção.
Dobra-se como se estivesse a tirar água do mar para encher outros mares.
Continua a girar até esmorecer numa vénia pequenina e acolhida.
A luz apaga-se sobre a bailarina.
Mãos pequeninas abraçam-na e põem-na na tampa de uma caixa de música ao pé do soldadinho de chumbo.
O quebra-nozes com pena dela solta-a e ela dança pelo ar fora formando no céu acordes de cores dissonantes.

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